As áreas de concentração do Mestrado Profissional em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador são: Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador.

Com foco na atenção primária à saúde, com base territorial, assentado nos conceitos de prevenção, vigilância em saúde e promoção da saúde, seguindo diretrizes do Ministério da saúde que diz que: " ...A Atenção Básica é o espaço ideal para o desenvolvimento das ações de Vigilância em Saúde e a Saúde da Família, adotada como principal estratégia para cumprir este objetivo".
A concepção de Vigilância em Saúde aqui se expressa como instrumento para o reconhecimento das situações de saúde das populações no território, não se limitando apenas ao monitoramento das doenças. Para se relacionar a vigilância em saúde à atenção primária, a centralidade das ações não pode ser colocada no indivíduo e na doença, mas no grupo social, na situação de saúde e no território. (FARIA e BERTOLOZZI 2010). O território representa um espaço de relações - contexto territorial, no qual se manifesta a vida cotidiana dos indivíduos e das populações. O território não é simplesmente o palco da vida, mas uma construção social. É o “resultado de uma acumulação de situações históricas, ambientais, sociais que promovem condições particulares para a produção de doenças” (MONKEN e BARCELLOS, 2005). 

Budin já dizia, em 1843: “o homem não nasce, vive, sofre e morre de maneira idêntica nas várias partes do mundo”. O que ele queria dizer é que a influência dos contextos ambientais na saúde varia de lugar para lugar, não somente pela posição social, econômica e cultural do indivíduo e das populações, mas também, pelas condições físico-biológicas e climáticas e dos arranjos sociais dos lugares. Por tanto, não é possível fazer vigilância em saúde sem o diagnóstico do contexto territorial de vida e trabalho dos indivíduos e da população. Desse modo, deve ser operacionalizada juntamente com as redes de assistência, articulando-se a vigilância às ações promocionais, preventivas e curativas, com uma atuação que privilegie a integralidade do cuidado, superando a dicotomia entre práticas coletivas e individuais.